Como fica a saúde mental do trabalhador em tempo de Coronavírus?
O atual cenário caótico que se vive em razão da pandemia causada pelo COVID-19, além dos inquestionáveis impactos financeiros, econômicos e comerciais, tem gerado na população, de um modo geral, um grande abalo psicológico, tornando os indivíduos de certa forma mais ansiosos, inseguros e até mesmo depressivos.
Nessa realidade, o governo tem adotado várias medidas para minimizar os efeitos da pandemia nas mais diversas áreas, o que ocasionou na publicação da Medida Provisória de número 927, por exemplo, a qual dispõe de alternativas trabalhistas para em fretamento do estado de calamidade pública.
Umas das alternativas trazidas pela MP refere-se ao “Teletrabalho/Home Office”, disciplinado na CLT no Art. 75-A da CLT, o qual regulamenta sobre a prestação dos serviços realizada fora das dependências do empregador, na residência do empregado, por exemplo (home office), o que vem sendo utilizado pelas empresas a fim de evitar a aglomeração de pessoas, conforme recomendado.
Analisando a figura do “Home Office”, além de cumprir com todos os requisitos trazidos pela legislação, se faz necessário observar algumas outras medidas para o regular processamento da atividade no âmbito da residência do empregado.
Uma delas seria observar a preservação da saúde mental do empregado que já vem sendo tão conturbada nesse momento de crise. Será que esse é momento de aumentar as metas? Exigir maior produtividade do funcionário por estar em casa? Vale a cobrança excessiva? Mensagens fora do horário de trabalho? Vale tudo?
Nesse sentido o Home Office merece um cuidado especial, principalmente a fim de evitar o esgotamento profissional de seus empregados, a chamada Síndrome de Burnout, e ter, ao invés de uma equipe produtiva, uma equipe doente.
Para evitar o esgotamento profissional é necessário orientar os empregados que trabalham mediante Home Office, elaborando políticas internas do teletrabalho, treinamentos, auxílios, dicas de como trabalhar em casa, cartilhas de teletrabalho e todo o suporte necessário integrantes de uma gestão de risco presente em um programa de Complice Trabalhista.
Nesse momento de crise além do bom senso entre empregado e empregador, é necessário, mais do que nunca, a cooperação e união de ambos, para que no fim, os efeitos econômicos da pandemia sejam minimizados pela empresa, e mantida a saúde mental do trabalhador.
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